sábado, 6 de novembro de 2010

Vaidade (?)





Vaidade é um nome muito superficial.
Retire alguém de toda sua realidade constante e mais próxima no tempo.
O que resta?
Resquícios do que foi. Do perfume, da última roupa, do colar no pescoço.
Isso é vaidade?
Estar ausente da sua realidade última, daquilo que externamente caracterizava o que a personalidade gostava, queria, desejava, dizia? Aquilo que era uma marca pessoal e intransferível?
Vaidade é muito pouco.




Quando o tempo fecha e o céu quer desabar,
Perto do limite, difícil de enxergar,
Eu volto pra casa e te peço pra ficar...
Em silêncio: só ficar.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Senhor





Obrigado Senhor, por compreender na intenção da oração que não fiz o meu pedido.
 E por entender no pasmar das minhas reações  o agradecimento que demorei minutos a fazer. Obrigado pelo amparo seguro quando meu coração se sente confortável, quando minha alegria precisa de uma caminhada para ir gastando felicidade pelo caminho. Obrigado por permanecer na cabeceira da minha cama, ainda que nem todos os dias eu ouça o pedido: "Leia-me". Obrigado por ser o sol quando tenho frio,ser a brisa quando tenho calor, ser o pensamento profundo quando a raiva passa e posso enfim, seguir na direção do entendimento.
Obrigado pelas dádivas da vida e pela inspiração.


Senhor...
 Muito Obrigado

domingo, 24 de outubro de 2010

Passa!

É o meu novo mantra.
Serve para afugentar as amebas que tentam insistentemente estragar coisas no meu dia.
Elas aparecem, sem ser convidadads, e com esse novo mantra ordem expressa, elas se vão... e fico só eu, com todas as possibilidades de novo, todas as possibilidades infinitas que eu dou ao meu dia, e assim, subsequentemente à minha vida, todas as possibilidades de novos erros e novos escorregões, mas todos escolhas minhas. MINHAS!!!!
Minhas ordens sobre mim, minhas mãos sobre mim, meu objetivos, vontades e desejos todos diante de mim esperando unicamente o meu comando. E se surgirem pensamentos ruins, é só dizer, objetivamente: PASSA. E está tudo bem de novo, todas as possibilidades voltam para o seu lugar!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Travessia

Há um tempo em que é preciso
abandonar as roupas usadas, 
que já tem a forma do nosso corpo, 
e esquecer os nossos caminhos, 
que nos levam sempre aos mesmos lugares. 
É o tempo da travessia: e, 
se não ousarmos fazê-la, 
teremos ficado, para sempre, 
à margem de nós mesmos.
(Fernando Pessoa)